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ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS

“Ensine-nos a contar os nossos dias para que tenhamos um coração sábio”.

(Salmo 90.12)

A vida é frágil e curta. À medida que Moisés se aproximava do fim de seus dias nesta terra, ele reflete sobre este ditado:

“Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite. Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca”.

(Salmo 90:3–6)

Ao refletir sobre as gerações passadas, Moisés viu algo mais; a humanidade é pecadora e sofre as consequências do pecado.

“Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos. Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido”?

(Salmo 90.7-11)

À luz das realidades gêmeas da brevidade e pecaminosidade da vida humana, Moisés faz esta simples oração:

“Ensine-nos a contar os nossos dias para que tenhamos um coração sábio”.

(Salmo 90.12)

Cada túmulo que você vê contém os restos mortais de uma pessoa sábia ou de um tolo. Aqueles que contavam seus dias eram sábios. Aqueles que não o fizeram eram tolos. Há três razões pelas quais devemos aprender a contar nossos dias. A primeira é:

NOSSOS DIAS SÃO CURTOS

A maioria das pessoas percebe que vai morrer um dia, mas vive suas vidas como se esse dia estivesse longe, mas o dia da nossa morte não está longe.

Da perspectiva de Deus, nossas vidas são como a grama e as flores que brotam de manhã e à noite estão murchas e murchas.


Esse fenômeno era bastante familiar para Moisés e seus leitores originais. Nas regiões desérticas e semidesérticas deste mundo a chuva é tão assustadora que as plantas literalmente têm apenas algumas horas para florescer e se reproduzir. Mesmo em uma região muito chuvosa como a nossa, a floração da primavera dura muito pouco. Olhe para as flores murchando – é assim que sua vida é curta!


Claro, é preciso uma perspectiva eterna para ver isso e é por isso que Moisés pede a Deus que o ensine a contar seus dias. Somente com a ajuda de Deus podemos entender adequadamente quão fugazes são nossos dias aqui nesta vida. Sem essa perspectiva eterna, erraremos nas prioridades da vida. Jesus contou uma parábola que ilustra isso.

“E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.”.

(Lucas 12:16–21)

A maioria das pessoas estão vivendo suas vidas como este homem. Muitos que estão fora da igreja, reconhecem que deveriam estar adorando a Deus com o povo de Deus, mas, segundo eles, estão ocupados demais para a adoração corporativa.


O que é mais importante do que Deus? No que eles estão investindo o pouco tempo que têm nesta vida? Sono extra? Jogos de futebol? Redes Sociais? Prazeres desta vida? A triste realidade é esta, no final de suas vidas, seus celeiros terrenos estarão cheios, mas seu tesouro no céu estará vazio!


Não desperdice sua vida! Peça a Deus que o ensine a contar os seus dias, para que você alcance um coração sábio. A segunda razão pela qual precisamos orar esta oração é:


NOSSOS DIAS SÃO CHEIOS DE PECADOS E MISÉRIAS


No versículo onze, Moisés faz uma pergunta muito penetrante.

Quem considera o poder da tua ira e o teu furor segundo o medo de ti?

(Salmo 90:11)

Poucas pessoas nos dias de Moisés estavam considerando a ira de Deus contra o pecado, o problema é ainda pior hoje. Pouquíssimos pregadores hoje ousariam pregar sobre a ira de Deus sobre o pecador (e o pecado) e o julgamento de Deus. É por isso que o evangelho bíblico raramente é pregado. O evangelho bíblico oferece uma solução para um problema que as pessoas não pensam que têm. Consequentemente, a Boa Nova de Cristo morrendo por pecadores foi transformada na mensagem de saúde, riqueza, prosperidade e ego (que se tornou virtude para muitos “cristãos”).


É por isso que as pessoas não acham a pregação bíblica prática. Eles querem sermões de problemas “reais”, como autoajuda, hedonismo, egocentrismo, viver feliz, criação de filhos, aconselhamento financeiro e matrimonial. A Bíblia fala sobre essas questões, mas sempre de uma forma que se relaciona com a Grande Mensagem da Bíblia: Cristo como o Salvador de pecadores arrependidos.


É por isso que precisamos da ajuda de Deus para contar nossos dias.


Quando examinamos honestamente nossas vidas à luz da Palavra de Deus, vemos o que Isaías viu.

“Porque as nossas transgressões se multiplicam perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam”.

(Isaias 59.12; 64.6)

Além de tudo isso, vemos as terríveis consequências do pecado ao nosso redor; o mais óbvio deles é o ódio da humanidade contra o evangelho, o próximo e a morte física. Quão verdadeiras são as palavras que encontramos em Romanos 5.12:

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.

(Romanos 5.12)

A brevidade de nossas vidas e a feiura do pecado destinam-se a nos ensinar que precisamos do perdão que Jesus oferece. Temos uma breve janela de oportunidade para nos arrependermos de nossos pecados e buscarmos o perdão de Deus.


Após a morte, não haverá segunda chance, apenas julgamento (Hb 9.27). É por isso que o Catecismo de Heidelberg enfatiza que a primeira coisa que todo ser humano precisa saber para sua salvação é “quão grande é o nosso pecado e miséria”. (Perguntas e Respostas 2)


Deus não nos abandonou nem esqueceu; a prova disso é que você está vivo e que está lendo este texto! Em 2 Pedro 3:9, somos ensinados que o Senhor “é paciente para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos cheguem ao arrependimento”.


Isso nos leva à seção final deste salmo.


A terceira e última razão pela qual devemos contar nossos dias é porque…

NOSSOS DIAS PODEM SER REDIMIDOS PELA MISERICÓRDIA DE DEUS


Vamos ouvir Moisés enquanto ele continua a orar.

“Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos. Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias. Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade. Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória. Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos”.

(Salmo 90.13-17)

Somente a misericórdia de Deus pode redimir nossas vidas pecaminosas.


Somente estando unidos a Cristo pela fé, podemos ter alguma esperança de que nossa curta vida nesta terra possa ser redimida e ter algum valor duradouro.

Uma vida vivida à parte do poder redentor de Deus é uma vida desperdiçada.


Nós “contamos nossos dias” lembrando:

  • Nossos dias são curtos
  • Nossos dias são cheios de pecado e miséria

Ainda mais importante:

  • Nossos dias podem ser redimidos pela misericórdia de Deus encontrada em Jesus Cristo!

Autor Anônimo

Academia

SOBERANIA DIVINA: Coisas essenciais e não essenciais.

A vida eterna (Rm 6.23 – ARA) e a morte eterna (Ap 21.8), são verdades absolutas. Ambas, estão ao abrigo da soberania divina (Dt 32.39; I Sm 2.6). Chamo aqui de “O ESSENCIAL” a salvação (vida eterna), e de “COISAS NÃO ESSENCIAIS”, todo o resto que se sucede na vida humana.

Deus, soberanamente, decidiu conceder graça à humanidade. Essa graça é uma só, porém, manifesta-se de duas maneiras:

  1. Especial (salvadora);
  2. Comum (geral);

É por usar Sua graça, e suas eternas misericórdias, que o Senhor decidiu não exterminar a humanidade (Lm 3.22-23).

O ESSENCIAL

O ser humano é escravo do pecado (Jo 8.34). Mas Deus, por Sua imensa Graça (Ef 2.8), concede a fé salvadora (Fp 1.29; Ef 2.8) a muitos (Rm 5.15), levando-os a Cristo (Jo 6.44). Esses, que sempre foram de Deus (Jo 17.6 NVT), foram escolhidos por Ele (Rm 8.29 – NTLH), antes da fundação do mundo (Ef.1:4), predestinados e declarados justos (Rm 8.30 – NVT) para repartir a sua glória com eles. Soberanamente, Deus os salvou pelos méritos de Jesus Cristo em Seu sacrifício substitutivo (II Co 5.21).

Esses, são os alcançados pela graça especial (salvadora). Deus não crê por eles, mas lhes concede a capacidade de crer como um presente (dom), de maneira que não haja resistência obstinada e definitiva, uma vez que Ele é o criador e o sustentador dessa fé (Heb.12:2).

COISAS NÃO ESSENCIAIS

Quanto a essas “coisas não essenciais”, aos salvos e aos “de fora” (perdidos), essas coisas acontecem sob a égide da graça comum (Rm 3.23-24). Todos desfrutam das inúmeras bênçãos de Deus (Sl 145.9, 15,16). Por essa medida de graça, Deus confere a todos indistintamente, todas aquelas bênçãos que não fazem parte da salvação:

  • O ar que respiramos;
  • O sol e a chuva (Mt 5.44-45);
  • A colheita, a fartura e a alegria (Sl 145; At 14.16-17);
  • Na esfera intelectual;
  • A esfera moral;
  • A criatividade (artes/ciências);
  • A organização da sociedade;
  • Ouve as orações (Sl 145.9-15; Mt 7.22); Lc 6.35-36);
  • Acode os homens (I Tm 4.10);

Deus em Sua soberania, administra essa graça (comum) da maneira que Lhe apraz (Sl 15.3; Is 46.10; Ef.1.11). O controle é dele (I Crônicas 29.11-12), e essa soberania coexiste misteriosamente com a livre agência.

Aos declarados justos e aos ímpios, não foi revelada a maneira como Deus gerencia essa graça (Ec 9.1-2), de maneira que a sabedoria, a inteligência, a prudência, a esperteza, a valentia ou as riquezas humanas, não garantem os resultados positivos dessa medida de graça a ninguém (Ec 9.11), porque tudo sucede igualmente a todos, segundo a boa e perfeita e agradável vontade divina (Rm 12.2). Deus, soberanamente, controla a tudo ativa e passivamente (Ezequiel 17.24; Sl 139.16; Lc 12.7).

CONCLUSÃO

Os alcançados pela Graça salvadora, são livres em Cristo Jesus (Jo 8.36). Porém, continuam pecadores (I Jo 1.8). Como tais, precisam da ação poderosa do Espírito Santo que neles habita (Rm 8.9; I Co 3.16; I Co 6.19), para que controlem as circunstâncias que cercam sua passagem por esta vida (conduta, poder, riquezas, cuidados pessoais etc.), lembrando que Deus, como um pai amoroso, aplicará as correções (disciplina), de maneira que Ele mesmo se encarrega de derrubar em nós a ilusão da soberana humana. (Hb 12.6)

De outro lado, os “de fora”, mesmo objetos da graça comum, não têm a seu lado o “Consolador” Jo 14.16; Jo 15.26; Jo 16.7), o “Conselheiro” (Jo 14.26 – NVI), o “Ajudador” (João 14.26 – NTLH), o “Guia” (Jo 16.13), intercedendo por eles (Rm 8.26), e os conduzindo a toda a verdade (Jo 16.13), trazendo constantemente à sua lembrança instruções sobre todas as coisas (Jo 14.26).

Vemos assim que Deus está no controle de todas as coisas, agindo soberanamente.

ARTIGO DE:

Presbítero Ivo Matias Damas
Professor de Filosofia da Religião no “Centro de Formação Teológica – CEFORTE”. Guarulhos/SP.

Vida Cristã

Venha o teu Reino

O GRANDE ANSEIO DA ALMA foi e será pouco aproveitado se pensarmos em reino como algo temporal, um império físico, delimitado a uma região. Como se para que a nossa causa fosse ouvida, precisássemos ir até ao rei daquele lugar, como antigamente.

Antes, para que a nossa sede de justiça seja saciada, precisamos entender o Reino como um Reinado, onde nós como súditos, fazemos não mais a nossa vontade, mas a do nosso Senhor. Pois seu decreto abrange toda a terra.

Nesse reinado, a vontade do Rei está gravada em nosso coração e, se precisarmos de algo, não precisaremos de intercessores para que nossa petição chegue ao Rei, pois a tecnologia desse reino é a mais avançada de todos os tempos, basta falar com Ele de onde estivermos e Ele nos ouvirá.

Também por Ele somos protegidos nesse Reino, não precisamos sair a luta contra os nossos inimigos. Pois o Senhor já pelejou e continua pelejando contra os nossos inimigos. Já vencemos porque Ele venceu.

Sendo assim, como participantes desse reinado precisamos pensar como o profeta:

Isaías 26.9 (RA): Com minha alma suspiro de noite por ti e, com o meu espírito dentro de mim, eu te procuro diligentemente; porque, quando os teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.

A seu serviço,

Rafael Soletti Martin, Bacharel e Licenciado em Teologia. Membro da Igreja Reformada do Brasil em São Paulo.

Vida Cristã

Venda de Bebidas Alcoólicas e Consumo do Cristão

UMA PEQUENA HISTÓRIA

Em 2011 no início da minha conversão, lembro-me que um amigo da igreja abriu uma lanchonete onde fazia Batatas Suíças, que por sinal eram uma delícia. Nunca mais encontrei uma Batata como aquela.

Também me lembro que na época, saíamos com os jovens da igreja para apreciar aquela delícia e também para dar um apoio àquele amigo empreendedor. Lembro-me na época que o pastor da igreja não visitava aquele estabelecimento porque ou ele viu, ou ele ficou sabendo que o irmão estava vendendo algumas latas de cerveja junto com as demais bebidas.

Foi uma situação constrangedora, aquele irmão empreendedor ficou algum tempo sem frequentar a igreja e o pastor foi irredutível. Esse rapaz era carismático e importante para nós jovens, ele era ativo e tinha mais tempo de igreja que alguns de nós.

Eu presenciei o pastor dizendo que não iria atrás daquele jovem, pois ele deveria se arrepender e voltar à igreja. O pastor argumentou que quando o filho pródigo em Lucas 15.11-32 deixou seu pai, o pai não foi atrás, mas o filho que teve que retornar.

Passou um tempo, o jovem se reconciliou com o pastor, mas teve que remover a cerveja do expositor de bebidas. Daí em diante, o pastor começou a frequentar o estabelecimento que não permaneceu por muito tempo e fechou.

Não quero entrar no mérito se o comércio fechou as portas por isso ou não, mas na época eu não tinha condições teológicas para analisar a questão ou ter uma opinião formada sobre o caso. Entretanto, depois de 11 anos eu quero fazer algumas observações.

O QUE LEVA PASTORES A TEREM ESSA ORTOPRAXIA?

Existe uma doutrina chamada Arminiana que predomina em igrejas pentecostais. Essa doutrina ensina que o homem tem participação em sua salvação. É uma sinergia, como se Deus fizesse 99.99% do necessário para um homem ser salvo da condenação do inferno, mas 0,01% depende do homem. Ou seja, Deus exige a fé em Cristo e Sua Obra para a justificação do pecador. Uma vez que a salvação é uma possibilidade e depende dessa cooperação mútua, se o homem não perseverar em sua parte ele pode cair da salvação, perdê-la.

Posto isso, o pressuposto desses irmãos pentecostais é que o homem tem que se esforçar para terminar sua caminhada bem. Isso gera uma certa cobrança desses líderes, seus sermões estão cheio de exortações aos crentes para se manterem firmes. Nesse pensamento é possível que uma pessoa fiel à Deus por toda a sua vida, possa perder sua salvação dependendo do pecado que cometa minutos antes da sua morte. Daí surgem práticas, das quais o legalismo é uma delas. Composto por cristãos que acreditam que são mais santos e mais cumpridores da Lei moralmente falando do que os outros. Podem cair numa verdadeira disputa religiosa, acabam cometendo o erro do julgamento temerário.

Como esse é um blog reformado, preciso deixar bem claro que nós adeptos da reforma protestante e do calvinismo não cremos assim e acreditamos que esse não é um ensino bíblico em um todo, mas normalmente removido de textos isolados. Não pretendo refutar isso diretamente, pois vou acabar saindo do propósito do post. Sigamos…

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A BEBIDA EM SI?

Proibição Bíblica contra a embriaguez

  • A embriaguez é um pecado (Dt 21.20; Ec 10.17; Lc 12.45; 21.34; Rm 13.13; 1Co 5.11; Ef 5.18; 1 Pe 4.3)
  • Nenhum sacerdote consumirá álcool no desempenho de suas funções (Lv 10.9; Ez 44.21), embora possa consumi-lo fora do trabalho (Nm 18.22,27,30).
  • O rei não deve aplicar a lei embriagado (Pv 31.4-5).
  • Um presbítero ou pastor não pode ser alcoólatra (1 Tm 3.3; Tt 1.7).
  • Nenhum bêbado herdará o reino de Deus (1Co 6.10; Gl 5.21)

Exemplos bíblicos de problemas causados pela embriaguez

  • Incesto (Gn 19.32-35)
  • Violência (Pv 4.17)
  • Adultério (Ap 17.2)
  • Zombaria e pancadaria (Pv 20.1)
  • Pobreza (Pv 21.17)
  • Consumo noturno e diurno (Is 5.11-12)
  • Alucinações (Is 28.7)
  • Tolices legendárias e suborno (Is 5.22)
  • Assassinato (2Sm 11.13-15)
  • Glutonaria e pobreza (Pv 23.20-21)
  • Vômito (Jr 25.27; 48.26; Is 19.14)
  • Andar cambaleante (Jr 25.27; Sl 107.27; Jó 12.25)
  • Loucura (Jr 51.7)
  • Gritaria misturada com gargalhada seguida de sonolência prolongada (Jr 51.39)
  • Nudez (Hc 2.15; Lm 4.21)
  • Preguiça (Jl 1.5)
  • Fuga da realidade (Os 4.11)
  • Depressão (Lc 21.34)
  • Noite sem dormir na farra (1Ts 5.7)

Ocasiões apresentadas pela Bíblia para a ingestão de álcool, com moderação

  • Celebrações (Gn 14.17-20)
  • Na Ceia do Senhor (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18)
  • Com propósitos medicinais ( Pv 31.6; 1Tm 5.23)
  • Na adoração (Ex 29.40; Nm 28.14; Mt 26.27; 1Cr 11.25-26)
  • Em agradecimento a Deus (Pv 3.9-10)
  • Em momentos de felicidade (Dt 14.26)

A Bíblia não condena o uso da bebida alcoólica. Muito pelo contrário, o próprio Cristo transformou água em vinho, bebeu e foi acusado pelos legalistas religiosos de sua época:

Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.

Mt 11.19; Lc 7.34 (RA)

Sabemos que toda a Bíblia foi inspirada por Deus, e que os Salmos são cânticos à Deus que eram inspirados e usados pelo povo de Deus para louvor e adoração, vejamos o que ele diz se referindo a perfeição da criação de Deus:

Fazes crescer a relva para os animais
e as plantas, para o serviço do homem,
de sorte que da terra tire o seu pão,
o vinho, que alegra o coração do homem,
o azeite, que lhe dá brilho ao rosto,
e o alimento, que lhe sustém as forças.

Sl 104.14-15 (RA)

COMO A IGREJA VIA ESSE ASSUNTO NA HISTÓRIA?

…outros estudos sobre a história da igreja me levaram a descobrir um grande número de homens de Deus, de diferentes gerações, que também apreciavam o álcool. Santo Gall foi missionário entre os Celtas e um renomado cervejeiro. Após o reinado de Carlos Magno, a igreja passou a ter exclusividade como fabricante de cerveja na Europa. Quando uma jovem estava se preparando para casar, sua igreja criou uma cerveja especial para ela (a ale, de fermentação alta), de onde derivamos a palavra nupcial. O pacote de remuneração anual do pastor João Calvino incluía mais de 900 litros de vinho para serem degustados por ele e seus hóspedes. Martinho Lutero, certa vez, escrevendo sobre a Reforma, afirmou que “enquanto descansava e tomava uma cerveja com Philip e Amsdorf, Deus havia desfechado um poderoso um poderoso golpe no Papado”. Catarina, a esposa de Lutero, era uma habilidosa cervejeira, e, nas cartas de amor que recebia do reformador, ele lamentava a impossibilidade de beber a cerveja da esposa. E quando os Puritanos aportaram no rochedo de Plymouth, o primeiro prédio construído foi o da cervejaria.

DRISCOLL Mark. Reformissão. Pág 144. (TEMPO DE COLHEITA. 2009)

Eu poderia mencionar aqui os proibicionistas que proíbem o que a bíblia não proibiu. Os abstencionistas que afirmam que não é proibido, mas que deve ser evitado por motivos de escândalo e assim, implicitamente, podem acusar o próprio Deus por ter-nos dado o vinho sem levar em consideração os mais fracos. Por fim, os moderados no que diz respeito ao uso do álcool são os mais bíblicos, pois afirmam que o uso não é pecado, desde que guiado pelo bom senso cristão, pelo domínio próprio, sem julgar os outros.

Nas Igrejas Reformadas no Brasil e pelo mundo afora, até hoje a igreja celebra o sacramento da Santa Ceia com o vinho verdadeiro. Algumas igrejas distribuem junto com o vinho o suco de uva, optativo no caso de alguma restrição médica pessoal.

CONCLUSÃO

Não sei se você percebeu, mas até agora, nenhum texto bíblico proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas. Também não classifica porcentagem de álcool lícita ou ilícita. Sendo assim, seja bebida forte, seja bebida fraca, tudo é alcoólico e deve ser encarado da mesma maneira.

Sabendo de tudo isso, acredito que o cristão não deva entrar em qualquer tipo de comércio com finalidade lucrativa. Se o estabelecimento for um centro de bebedeiras e libertinagem, um local que promove a devassidão e orgias, nenhum cristão verdadeiro deveria promover, ser conivente ou frequentar.

Todo o estabelecimento cristão deveria ter uma variedade de opções para o consumidor. É claro que não existe lógica alguma vender pinga numa lanchonete junto com suco e cerveja. Me entenda. Mas no caso da história que contei lá em cima, nosso irmão não estava errado em servir cerveja, pois era um contexto familiar e para refeição. Dificilmente quem procura um lugar como esse para matar a fome vai com a intenção de beber até se embriagar.

Todo ser humano que faz compras em Super Mercados inclusive esses pastores que proíbem o uso e comercialização, frequentam mercados que vendem de tudo e mais um pouco. Nem por isso caem em pecado ou podem acusar aqueles que vendem.

Por fim, termino com a citação de Lutero sobre como lidar com coisas do tipo:

Você acha que os abusos são eliminados pela destruição do objeto que é abusado? Os homens podem agir mal em relação ao vinho e às mulheres, mas nem por isso devemos proibir e abolir as mulheres.

Jim West, Drinking with Calvin and Luther (Lincoln, Califórnia: Oakdown, 2003, 29.

A seu serviço,

Rafael Soletti Martin, Bacharel e Licenciado em Teologia. Membro da Igreja Reformada do Brasil em São Paulo.

Vida Cristã

Cristãos Reformados devem apoiar Putin?

Recentemente compartilhei um pedido da ARP NEWS de oração e doações para ajudar os refugiados que estão fugindo da guerra na Ucrânia . Anteriormente, eu havia compartilhado um pedido de oração pedindo oração pelo povo da Ucrânia e adicionei meu próprio pedido para que as pessoas também orassem pelo Seminário Evangélico Reformado da Ucrânia e seus professores, famílias e alunos.

Aparentemente, esses dois pedidos foram demais para um dos meus amigos cristãos reformados do Facebook que me enviou uma mensagem exigindo saber por que a ARP (sigla em inglês) e eu estávamos orando e apoiando os ucranianos que, segundo ele, são amantes do aborto, “Globohomos” em vez disso. dos russos que ele caracterizou como uma nação cristã sob um líder cristão que havia proibido o aborto e a homossexualidade.

Eu escrevi a seguinte resposta para ele, mas não consegui enviá-la, pois ele me bloqueou logo após enviar sua mensagem. Como estou descobrindo que há muitos outros cristãos reformados no Facebook que têm opiniões semelhantes, decidi publicar minha resposta publicamente.

“Obrigado por me escrever, tentei responder às preocupações sobre a Rússia e a Ucrânia que você levantou em sua mensagem, também tentei incluir links que respaldem tudo o que afirmei aqui.

Chamar a Rússia de “nação cristã” é extremamente problemático, para dizer o mínimo. É verdade que o regime de Putin tem laços extremamente estreitos com a Igreja Ortodoxa Russa (IOR) e não seria exagero dizer que a Igreja Ortodoxa Russa é quase a igreja estabelecida da Rússia, mas como muitas igrejas estabelecidas, a IOR usa sua fortes laços com o Estado para tentar eliminar outros grupos religiosos dentro de seu país. Nos últimos anos, o governo russo impôs leis que tornam ilegal a evangelização fora de uma igreja oficialmente reconhecida e as tentativas de atrair pessoas de fora para a sua igreja são consideradas atividades missionárias ilegais. Como resultado, tentar plantar uma nova igreja reformada na Rússia é muito difícil, pois o processo de persuadir os não-membros a se juntarem a ela é tecnicamente ilegal. As leis russas que restringem a atividade religiosa não-IOR pioraram muito em 2021, quando Putin assinou uma emenda à lei religiosa da Rússia destinada a “proteger a soberania espiritual da Rússia”. A lei exige que, se um missionário ou pastor recebeu seu treinamento religioso fora da Rússia, digamos, em um seminário reformado na América ou na Europa, ele tenha que passar por um processo de reeducação obrigatória do estado e depois ser certificado pelas autoridades locais. Outras leis tornam ilegal que organizações religiosas usem seus próprios identificadores religiosos em seus nomes, a menos que sejam autorizados a fazê-lo pelo governo. Igrejas e membros da igreja frequentemente se encontram sob vigilância do estado e igrejas e seminários protestantes foram fechados pelo governo e suas congregações proibidas de usá-los.

A verdadeira liberdade de religião existe em um país quando:

1) O governo não dá preferência a nenhuma religião ou grupo anti-religioso sobre os outros.

2) O clero pode cumprir todos os seus deveres religiosos sem violência ou perigo.

3) As leis desse país não interferem nem impedem o livre exercício da religião das pessoas comuns e todos os cidadãos são livres de conduzir a sua vida de acordo com a sua própria profissão de fé.

4) O magistrado civil cuida de proteger ativamente o livre exercício da religião e, como resultado, as assembléias religiosas podem ocorrer sem molestamento, violência ou perturbação.

Todos os quatro princípios acima são ativamente violados na Rússia e, portanto, podemos dizer com segurança que a liberdade de religião não existe na Rússia.

Também é importante notar que a Igreja Ortodoxa Russa, que é virtualmente a igreja estatal russa, nega formalmente todos os Solas da Reforma, incluindo a justificação pela fé somente, e quase todos os princípios da fé reformada, incluindo todos os cinco pontos do calvinismo. A Igreja Ortodoxa Russa também tem sete sacramentos, não os dois dados por Cristo na Bíblia. Como cristãos reformados, podemos afirmar, portanto, que a Igreja Ortodoxa Russa não tem as marcas de uma verdadeira igreja e que não acreditamos que as pessoas possam ser salvas crendo no que ensinam.

Em contraste, há muito maior liberdade religiosa na Ucrânia e estabelecer igrejas e seminários e evangelizar é muito, muito mais fácil do que na Rússia e enquanto a Igreja Ortodoxa Ucraniana também não está feliz com a plantação de novas igrejas não-ortodoxas, elas não têm a mesma relação de mão em luva com o estado ucraniano que o ROC tem com o estado russo. Por esta razão, muitas organizações reformadas estabeleceram suas igrejas e seminários na Ucrânia, onde também foi possível treinar pastores russos, mesmo que fossem sujeitos a restrições quando retornassem à Rússia. Muitas outras igrejas NAPARC (sigla em Inglês) têm fortes laços com a Ucrânia e foram uma parte vital para ajudar a estabelecer a Igreja Evangélica Presbiteriana da Ucrânia em 2008.

Uma medida de quão mais difícil é plantar e manter uma igreja na Rússia, em oposição à Ucrânia, pode ser vista no que aconteceu com as igrejas evangélicas existentes na Crimeia depois que a Rússia tomou essa área da Ucrânia em 2014. Pentecostal, Batista e outros Igrejas protestantes que não haviam sido anteriormente submetidas à perseguição do estado de repente viram-se alvos de ataques do governo, multas e intimidações. As condições na região separatista pró-Rússia de Donbas, que está sob controle russo de fato, eram ainda piores. Naquela região, a Aliança Batista Mundial relata que 40 de suas igrejas de Donbas foram acusadas de serem “terroristas” e fechadas pelo governo regional.

As implicações de tudo isso para quem apoiamos devem ser óbvias, se escolhermos apoiar Putin com base em sua estreita relação com a Igreja Ortodoxa Russa, estamos escolhendo apoiar um governo que promoverá os interesses de uma forma de cristianismo nós não cremos que prega o evangelho e não podemos salvar as pessoas e tornar mais difícil para nós plantarmos igrejas protestantes e reformadas naquela área do mundo. Isso é mais do que ser um protestante em 1588 e decidir apoiar a Armada Espanhola porque gostávamos mais do conservador Rei Filipe II da Espanha do que da mais libertina Rainha Elizabeth I.

Como cristãos, nossos corações também devem ser torcidos pela atual crise humanitária na Ucrânia, que está rapidamente se tornando a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e está ocorrendo por causa da atividade militar russa. Portanto, nossos esforços no momento devem ser direcionados para onde a necessidade é maior entre os refugiados indigentes que estão fluindo para os países que fazem fronteira com a Ucrânia ocidental. Nossos missionários nessas áreas não apenas têm a oportunidade de aliviar as necessidades físicas dessas pessoas deslocadas, mas também têm a oportunidade de alcançar pessoas com o Evangelho que antes nunca teriam ido a um missionário para perguntar sobre a salvação pela fé em Jesus Cristo. .

Sobre aborto, homossexualidade e globalismo; embora seja verdade que o regime russo se diz mais contrário ao aborto do que o governo ucraniano, o aborto eletivo ainda é legal na Rússia até a 12ª semana e a Rússia teve o maior número de abortos por mulher em idade fértil no mundo de acordo com dados da ONU a partir de 2010. Além disso, vários países europeus também têm leis de aborto muito mais restritivas do que a Rússia. Em contraste, o aborto é realmente proibido na Polônia, uma nação da OTAN com fortes laços com o Ocidente.

Da mesma forma, enquanto a Rússia proibiu a divulgação de “propaganda homossexual”, a homossexualidade e o transgênero ainda são legais na Rússia e, embora muito tenha sido feito sobre o fato de a Rússia proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o mesmo acontece com a Ucrânia e todos os outros países da Europa Oriental. Além disso, não há poder espiritual na forma de cristianismo que Putin endossa. Falta o que Chalmers chamou de “O Poder Expulsivo de uma Nova Afeição”. Como resultado, não há uma verdadeira moralidade cristã crescendo na Rússia de Putin. Isso é evidente no fato de que as taxas de casamento e natalidade na Rússia estão entre as mais baixas da Europa e tendem a cair, enquanto as taxas de divórcio continuam a subir. Além disso, enquanto a maioria dos russos se autodenominam cristãos, apenas cerca de 7% dos russos frequentam a igreja.

Tudo isso mostra que a Rússia dificilmente é o último bastião da moralidade cristã na Europa, com oligarcas enriquecendo por meio de negócios obscuros e uma enorme quantidade de crime organizado, tráfico de armas, tráfico de seres humanos e prostituição sendo ignorados pelo estado. Espero que você me perdoe se eu também apontar que a análise de dados de usuários do Pornhub em 2014 indicou que “pornografia de sexo anal” é mais popular na Rússia do que em qualquer outro país.’

O próprio Putin também não é um modelo moral. Ele é um ex-autocrata da KGB que teve filhos fora do casamento com sua amante ginasta olímpica com quem ele acabou se mudando depois de se divorciar de sua esposa sofrida. Sua própria corrupção pessoal é lendária; não só ele ganhou milhões e possivelmente bilhões por meio de suborno e corrupção, mas também assassinou seus oponentes políticos e aqueles que o investigam, fechou jornais e outras fontes de mídia e permitiu todos os tipos de atividades criminosas, desde que ele e seus amigos se beneficiassem. deles. Em um sentido moral, ele não é diferente de inúmeros outros ditadores da história, incluindo os chineses e iranianos que, embora não sejam nominalmente cristãos, também são nacionalistas que não gostam da homossexualidade.

Finalmente, retratar a Rússia como a última das nações nacionalistas não globalistas também é enganoso, para dizer o mínimo. Muitas outras nações têm um alto grau de orgulho nacional, incluindo nações como China, Índia e Polônia, e nenhuma outra nação na terra está demonstrando mais patriotismo no momento do que a Ucrânia. Quanto a ser contra o globalismo, a Rússia deseja fazer parte da economia global tanto quanto qualquer outra pessoa, mas foi isolada dela por causa de suas ações e formou suas próprias alianças com outras nações que foram evitadas por causa de seu histórico de direitos humanos como Irã, China e Síria. Seu globalismo antiocidental certamente não é algo que eles escolheram para si mesmos e Vladimir Putin teria tentado ingressar na OTAN em 2000 e disse ao entrevistador David Frost: “A Rússia faz parte da cultura européia.

Agora, estou emocionado que, como a maioria dos europeus, Zelensky seja uma espécie de liberal social? De modo algum, mas sei que poderia sobreviver, pregar, discordar politicamente e evangelizar em uma nação governada por Zelensky, não posso dizer o mesmo das minhas chances em uma nação governada por Putin.”

Wes Bredenhof nasceu em Taber, Alberta, Canadá. Graduou-se com um grau de Bacharel em Artes pela Universidade de Alberta em Edmonton. Ele recebeu o grau de Mestre em Divindade do Seminário Teológico Reformado Canadense em Hamilton, Ontário. Ele também recebeu o Diploma de Missiologia da CRTS. Leia mais.

Links:

https://www.christianitytoday.com/news/2016/july/russia-ban-evangelism-effect.html

https://www.christianitytoday.com/news/2017/april/uscirf-ranks-russia-worst -violators-religious-freedom-cpc.html

https://joynews.co.za/christian-leaders-to-challenge-closure-of-protestant-church-in-russia-in-bid-to-halt-other- desligamentos/

https://www.christianitytoday.com/news/2021/october/russia-ministry-training-law-seminary-moscow-religious-free.html

https://www.rferl.org/a/russia-worst -violators-religious-freedom-report-iran-turkmenistan/31215737.html

https://www.christianitytoday.com/news/2022/february/crimea-russia-protestant-christians-religious-freedom.html

https://talkabout.iclrs.org/2021/05/03/forb_in_russia/

https:/ /www.persecution.org/2021/06/01/russia-tightens-restrictions-churches-missionary-activity/

https://www.courageouschristianfather.com/russia-among-most-dangerous-places-for-christians-per -open-doors-world-watch-list/

https://orthochristian.com/46465.html

https://www.nationalreview.com/corner/in-some-ways-this-is-a-religious-war/

https://www.theguardian.com/news/2018/mar/23/how-organised-crime-took-over-russia-vory-super-mafia

https://en.wikipedia.org/wiki/Abortion_in_Russia

https: //www.statista.com/statistics/1009719/russia-marriage-and-divórcio-rate/

https://www.pewresearch.org/fact-tank/2018/12/05/how-do-european-countries-differ-in-religious-commitment/

https://www.pewforum.org/2017/05/ 10/religious-commitment-and-practices/


https://www.theguardian.com/world/2021/nov/04/ex-nato-head-says-putin-wanted-to-join-alliance-early-on- em sua regra

Vida Cristã

A ÚLTIMA CARTA DE UM MÁRTIR PARA SUA ESPOSA

Se você pertence a uma igreja reformada com raízes holandesas, provavelmente conhece a Confissão Belga. Foi escrito em 1561 por Guido de Brès, um pastor reformado no sul da Holanda, no que hoje é conhecido como Bélgica. A Confissão Belga é notável porque é a única confissão eclesiástica escrita por um mártir. De Brès foi martirizado pelos governantes espanhóis da Holanda em 31 de maio de 1567. Cerca de seis semanas antes, ele escreveu sua última carta para sua esposa Catarina. É um testemunho comovente não apenas do terno amor de Guido por sua esposa, mas também do evangelho que ele pregou e de seu Salvador Jesus.

Carta de conforto de Guido de Brès para sua esposa

A graça e misericórdia do nosso bom Deus e Pai celestial, e o amor de Seu Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, esteja contigo, minha caríssima amada.

Catherine Ramon, minha querida e amada esposa e irmã em nosso Senhor Jesus Cristo: tua angústia e tristeza perturba um tanto a minha alegria e a felicidade do meu coração. Por isso, escrevo isto para consolo de nós dois e, em especial, para teu consolo, visto que sempre me amaste com ardente afeição e porque apraz ao Senhor separar-nos um do outro. Eu sinto mais intensamente o teu sofrimento por essa separação que o meu. Eu te imploro para que não te perturbes demais com isso, por temor de ofender a Deus. Quando casaste comigo, sabias que estavas desposando um marido mortal, com a vida incerta, e, ainda assim, agradou a Deus permitir-nos viver juntos por sete anos, dando-nos cinco filhos. Tivesse o Senhor desejado que vivêssemos juntos por mais tempo, ele teria providenciado os meios. Porém, não lhe agradou fazer isso e que sua vontade seja feita.

Agora, lembra-te de que eu não caí nas mãos dos meus inimigos por mero acaso, mas por meio da providência do meu Deus, que controla e governa todas as coisas, a menor assim como a maior. Isso é demonstrado nas palavras de Cristo: “Não temais. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não se vendem cinco pardais por dois asses? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.” Essas palavras da divina sabedoria que Deus conhece o número dos meus fios de cabelo. Como, pois, o mal pode vir a mim sem a ordem e a providência de Deus? É por isso que o Profeta diz que não há aflição na cidade que o Senhor não tenha desejado.

Muitos homens santos que vieram antes de nós consolaram-se em suas aflições e tribulações com essa doutrina. José, que fora vendido por seus irmãos e levado ao Egito, diz: “Vocês cometeram um mal, mas Deus o tornou em seu bem. Deus enviou-me ao Egito antes de vocês para seu ganho” (Gênesis 50). Davi também experimentou isso quando Simei o amaldiçoou. E semelhantemente no caso de Jó e muitos outros. E é por isso que os evangelistas escrevem tão cuidadosamente sobre os sofrimentos e a morte do nosso Senhor Jesus Cristo, acrescentando: “Isso aconteceu para que se cumprisse aquilo que foi escrito dEle.” O mesmo deve ser dito sobre todos os membros de Cristo.

É bastante verdadeiro que a razão humana rebela-se contra essa doutrina e a enfrenta o quanto for possível, e eu mesmo tenho uma experiência bastante forte com isso. Quando fui preso, dizia a mim mesmo: “Tantos de nós não deveriam ter viajado juntos. Nós fomos traídos por esse ou por aquele. Não deveríamos ter sido presos.” Com tais pensamentos, tornei-me sobrecarregado, até meu espírito ser reanimado por meio da meditação na providência de Deus. Então, meu coração passou a sentir grande paz. Comecei, então, a dizer: “Meu Deus, tu me fizeste nascer na época em que ordenaste. Durante toda a minha vida, guardaste-me e preservaste-me de grandes perigos, e livraste-me de todos eles – e, se no presente, é chegada a minha hora de passar desta vida para ti, que tua vontade seja feita. Não posso escapar das tuas mãos. E, se eu pudesse, não o faria, visto que é minha felicidade conformar-se à tua vontade.” Esses pensamentos tornaram meu coração novamente alegre.

E eu te suplico, minha querida e fiel companheira, que una-te a mim em gratidão a Deus pelo que ele tem feito. Porque ele não faz algo que não seja justo e mui equânime, e deves crer que é para meu bem e minha paz. Tens visto e sentido as lutas, aflições, perseguições e dores que suportei, e até experimentaste parte delas ao acompanhar-me em minhas viagens durante o período de meu exílio. Agora, meu Deus estendeu sua mão para receber-me em seu bendito reino. Eu o verei antes de ti e, quando agradar ao Senhor, tu me acompanharás. Essa separação não é para sempre. O Senhor também te receberá para unir-nos novamente em nosso cabeça, Jesus Cristo.

Este não é o lugar da nossa habitação – que está no céu. Este é apenas o local da nossa jornada. É por isso que ansiamos por nosso verdadeira pátria, que é o céu. Nós desejamos ser recebidos na casa do nosso Pai Celestial, ver nosso Irmão, Cabeça e Salvador Jesus Cristo, ver a nobre companha dos patriarcas, profetas, apóstolos e muitos milhares de mártires, em cuja companha espero ser recebido quando encerrar o percurso da obra que recebi do meu Senhor Jesus Cristo.

Eu te peço, minha caríssima amada, que te consoles com a meditação nessas coisas. Considera a honra que Deus te atribuiu, ao dar-te um marido que não somente foi um ministro do Filho de Deus, mas era tão estimado por Deus que ele o permitiu possuir a coroa dos mártires. É uma qualidade de honra que Deus jamais concedeu aos anjos.

Eu estou feliz; meu coração está leve e nada falta em minhas aflições. Estou tão cheio da abundância das riquezas do meu Deus que tenho o bastante para mim e todos aqueles com quem posso conversar. Assim, oro ao meu Deus que mantenha sua bondade comigo, seu prisioneiro. Aquele em quem confiei o fará, pois descobri por experiência que ele jamais abandonará aqueles que confiaram nele. Nunca imaginei que Deus pudesse ser tão gentil com uma criatura tão miserável quanto eu. Eu percebo a fidelidade do meu Senhor Jesus Cristo.

Agora, estou praticando o que preguei a outros. E devo confessar que, quando eu pregava, falava sobre as coisas que atualmente experimento como um cego fala das cores. Desde que fui preso, tenho me beneficiado mais e aprendido mais que durante todo o restante da minha vida. Eu estou em uma escola ótima: o Espírito Santo me inspira continuamente e me ensina como usar as armas neste combate. Do outro lado está Satanás, o adversário de todos os filhos de Deus. Ele é como um violento leão que ruge. Ele me rodeia constantemente e procura ferir-me. Todavia, aquele que disse “não temas porque eu venci o mundo” me faz vitorioso. E, desde já, vejo que o Senhor coloca Satanás sob meus pés e sinto o poder de Deus aperfeiçoado em minha fraqueza.

Nosso Senhor me permite, por um lado, sentir minha fraqueza e pequenez, que nada sou senão um pequeno vaso na terra, mui frágil, a fim de que ele me humilhe, para que toda a glória da vitória seja dada a ele. Por outro lado, ele me fortalece e me consola de um modo inacreditável. Eu tenho mais conforto que os inimigos do evangelho. Eu como, bebo, e descanso melhor do que eles. Estou encarcerado em uma prisão muito forte, muito fria, escura e sombria. Por causa de sua escuridão, a prisão é conhecida pelo nome de “Brunain” [Brownie]. O ar é terrível e ela fede. Em meus pés e mãos, tenho grilhões, grandes e pesados. Eles são um inferno contínuo, escavando meus membros até meus miseráveis ossos. O comandante vem examinar meus grilhões duas ou três vezes ao dia, temendo que eu escape. Há três guardas de quarenta homens em frente à porta da prisão.

Eu também recebo visitas do Monsieur de Hamaide. Diz ele que vem para ver-me, consolar-me e exortar-me à paciência. Entretanto, ele vem após o jantar, depois de ter vinho na cabeça e o estômago cheio. Você pode imaginar o que são essas consolações. Ele me ameaça e diz que se eu demonstrasse qualquer intenção de escapar, ele teria me acorrentado pelo pescoço, o tronco e as pernas, para que eu não pudesse mover um dedo; e ele diz muitas outras coisas nesse sentido. Mas, apesar de tudo, meu Deus não retirou suas promessas, consolando meu coração, concedendo-me muito contentamento.

Porque tais coisas aconteceram, minha querida irmã e fiel esposa, eu te imploro que, em tuas aflições, encontres conforto no Senhor e entregue teus problemas a ele. Ele é o marido das viúvas crentes e pai dos órfãos pobres. Ele jamais te abandonará – disso posso te assegurar. Conduza-te como uma mulher cristã, fiel no temor do Senhor, como sempre o fizeste, honrando por meio de uma vida e conversas excelentes a doutrina do Filho de Deus, que teu marido pregou.

Como sempre me amaste com grande afeição, peço que mantenhas esse amor com relação aos nossos filhinhos, instruindo-lhes no conhecimento do verdadeiro Deus e de seu Filho Jesus Cristo. Seja pai e mãe deles, e cuida para que eles usem com honestidade o pouco que Deus te deu. Se Deus te conceder o favor de permitir que, após minha morte, vivas na viuvez com nossos filhos, tudo ficará bem. Se não puderes, e os bens faltarem, então encontre algum homem bom, fiel e temente a Deus. E, quando eu puder, escreverei aos nossos amigos para que te protejam. Penso que eles não te deixarão em necessidade de qualquer coisa. Retorna à tua rotina habitual depois que o Senhor tiver me levado. Tens contigo nossa filha Sarah, que logo será crescida. Ela será tua companheira e te auxiliará em teus problemas. Ela te consolará nas tribulações e o Senhor sempre estará contigo. Saúda nossos bons amigos em meu nome, e peça que orem a Deus por mim, para que ele me dê força, articulação e a sabedoria e capacidade de preservar a verdade do Filho de Deus até o fim e o último fôlego da minha vida.

Adeus, Catherine, minha querida amada. Eu oro a meu Deus para que te conforte e conceda contentamento segundo sua boa vontade. Eu espero que Deus tenha me dado a graça de escrever para teu benefício, de tal forma que sejas consolada neste mundo miserável. Guarda minha carta como lembrança de mim. Está mal escrita, mas é o que posso, não o que desejo, fazer. Recomenda-me à minha boa mãe. Eu espero escrever algum consolo a ela, se agradar a Deus. Saúda também minha boa irmã. Que ela possa entregar sua aflição a Deus. A graça esteja contigo.

Da prisão, 12 de abril de 1567.

Teu fiel marido, Guido de Brès, ministro da Palavra de Deus em Valenciennes, e presentemente prisioneiro pelo Filho de Deus no local supracitado.

Ele foi enforcado em 31 de maio de 1567.

Wes Bredenhof nasceu em Taber, Alberta, Canadá. Graduou-se com um grau de Bacharel em Artes pela Universidade de Alberta em Edmonton. Ele recebeu o grau de Mestre em Divindade do Seminário Teológico Reformado Canadense em Hamilton, Ontário. Ele também recebeu o Diploma de Missiologia da CRTS. Leia mais.

Fonte:

https://ia800901.us.archive.org/30/items/UmMartirDaReformaConfortaSuaEsposa/Um%20M%C3%A1rtir%20da%20Reforma%20Conforta%20Sua%20Esposa.pdf

Devocionais

6 – O Filho de Deus Não Muda

Jesus Cristo “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8) e seu toque ainda tem seu antigo poder. Ainda permanece verdadeiro que “também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). Ele nunca muda. Este fato é a grande consolação de todo o povo de Deus.

Fonte:

Packer, J. I. (2014). O Conhecimento de Deus (Guia de Estudo) (P. C. Nunes dos Santos, Trad.; 1a edição, p. 74). Editora Cultura Cristã.

Devocionais

5 – Os Propósitos de Deus Não Mudam

“Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende”, declarou Samuel, “porquanto não é homem, para que se arrependa” (1Sm 15.29). Balaão disse o mesmo: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa” (Nm 23.19). Arrependimento significa rever o próprio julgamento e mudar o seu plano de ação. Deus nunca faz isso; ele nunca precisa fazer isso, pois seus planos são feitos na base de um conhecimento e um controle completos que se estendem a todas as coisas, seja no passado, no presente ou no futuro, de maneira que não podem existir emergências repentinas ou situações que estejam acontecendo fora de sua vista e que o tomem de surpresa. “Uma de duas coisas leva o homem a mudar de ideia e mudar seus planos: ausência de previsão para antecipar tudo o que acontece ou falta de previsão para executá-los. Mas como Deus é tanto onisciente quanto onipotente, nunca há qualquer necessidade de ele rever seus decretos” (A. W. Pink). “O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Sl 33.11).
O que Deus faz no tempo ele planejou desde a eternidade. E tudo o que ele planejou na eternidade ele faz acontecer no tempo. E tudo o que ele se comprometeu a fazer em sua palavra será infalivelmente realizado. Assim, lemos acerca da “imutabilidade do seu propósito” em trazer crentes ao pleno gozo de sua herança prometida e acerca do juramento imutável pelo qual ele confirmou seu propósito a Abraão, o arquétipo do crente, tanto para a própria segurança de Abraão quanto para a nossa também (Hb 6.17s.). Assim é que ocorre com todas as intenções anunciadas de Deus. Elas não mudam. Nenhuma parte de seu plano eterno se altera.
É verdade que há um grupo de textos (Gn 6.6–7; 1Sm 15.11; 2Sm 24.16; Jn 3.10; Jl 2.13–14) que falam de Deus como se arrependendo. A referência, em cada caso, é relativa à mudança no tratamento de Deus em relação a um dado povo, como consequência à reação deste povo ao seu tratamento. Mas não há qualquer sugestão de que esta reação não fosse prevista ou que tenha tomado Deus de surpresa e não fosse parte de seu plano eterno. Não há nenhuma mudança em seu propósito eterno quando ele começa a lidar com uma pessoa de uma nova maneira.

Fonte:

Packer, J. I. (2014). O Conhecimento de Deus (Guia de Estudo) (P. C. Nunes dos Santos, Trad.; 1a edição, p. 73–74). Editora Cultura Cristã.

Devocionais

4 – Os Caminhos de Deus Não Mudam

Ele continua a tratar homens e mulheres pecadores da mesma maneira como faz na história bíblica. Ele ainda mostra sua liberdade e senhorio ao fazer distinção entre pecadores, possibilitando alguns a ouvirem o evangelho enquanto outros não, e levando alguns dos que o ouvem ao arrependimento, enquanto deixa outros em sua descrença; e, assim, ensina aos seus santos que não deve misericórdia a ninguém e que é inteiramente por sua graça, de nenhum modo por seu próprio esforço, que eles encontraram a vida.
Ele abençoa aqueles em quem põe seu amor, tornando-os humildes de um modo que toda a glória possa ser somente sua. Ele odeia os pecados de seu povo e usa todos os tipos de sofrimento interno e externo e tristezas para afastar seus corações da concupiscência e da desobediência. Ele busca a comunhão de seu povo e envia tanto tristezas quanto alegrias a fim de separar seu amor de outras coisas e vinculá-lo a ele. Ele ensina os crentes a valorizarem seus dons prometidos ao fazê-los esperar por esses dons e os compele a orar persistentemente por eles, antes de concedê-los. É isto que lemos acerca de como Deus lida com seu povo no registro das Escrituras e é assim que ele ainda o trata. Seus objetivos e princípios de ação permanecem consistentes; em nenhum momento ele é inconsistente com seu caráter. Nossos caminhos, sabemos, são pateticamente inconstantes – mas não os de Deus.

Fonte:

Packer, J. I. (2014). O Conhecimento de Deus (Guia de Estudo) (P. C. Nunes dos Santos, Trad.; 1a edição, p. 73). Editora Cultura Cristã.

Devocionais

3 – A Verdade de Deus Não Muda

As pessoas, algumas vezes, fazem afirmações que, na realidade, não desejavam fazer, simplesmente porque não conhecem sua própria mente; além disso, como seus pontos de vista mudam, frequentemente veem que não podem mais sustentar as coisas que disseram no passado. Todos nós, em algum momento, temos de revogar nossas palavras, porque elas deixaram de expressar aquilo que pensávamos; algumas vezes, temos de engolir nossas palavras, porque fatos concretos as refutam.
As palavras ditas pelos seres humanos são instáveis. Mas não é assim com as palavras de Deus. Elas permanecem para sempre, como expressões inabalavelmente válidas de sua mente e de seu pensamento. Nenhuma circunstância demanda que ele as anule; nenhuma mudança em seu próprio pensamento exige que ele as corrija. Isaías escreve: “Toda a carne é erva… seca-se a erva… mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.6ss.). Semelhantemente, o salmista diz: “Para sempre, ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu… todos os teus mandamentos são verdade… há muito sei que as estabeleceste para sempre” (Sl 119.89,151–152).
A palavra traduzida por “verdade” no último versículo leva consigo a ideia de estabilidade. Quando lemos nossas Bíblias, portanto, precisamos lembrar que Deus ainda mantém todas as promessas, exigências, declarações de propósitos e palavras de advertência que são dirigidas aos crentes do Novo Testamento. Elas não são relíquias de uma era passada, mas uma revelação da mente de Deus eternamente válida para seu povo em todas as gerações, enquanto o mundo existir. Foi assim que nosso Senhor nos disse: “A Escritura não pode falhar” (Jo 10.35). Nada pode anular a verdade eterna de Deus.

Fonte:

Packer, J. I. (2014). O Conhecimento de Deus (Guia de Estudo) (P. C. Nunes dos Santos, Trad.; 1a edição, p. 72). Editora Cultura Cristã.