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O TIME-LAPSE E A SOBERANIA DIVINA

Por Rafael Soletti
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Exemplo 1 de Time-Lapse
Exemplo 2 de Time-Lapse
Exemplo 3 de Time-Lapse

O time-lapse é uma técnica cinematográfica que vemos em alguns vídeos circulando pela internet e televisão, os quais nos mostra do nascer do sol ao por do sol em segundos, uma semente germinando e dando seu fruto em segundos, uma flor abrindo seu botão em segundos. (alguns exemplos acima)

Essa técnica, de forma bem genérica, funciona mais ou menos assim:

Um segundo de vídeo tem cerca de 24 fotos reproduzidas em um quadro de 1 segundo. Um quadro de 10 segundos de vídeo tem cerca de 24 fps (fotos por segundo) calculando um total de 240 fotos, e assim por diante.

Uma câmera é posicionada para ficar capturando fotos pausadamente no decorrer do dia, e quando elas forem colocadas em um programa de vídeo, será feito um filme lindo como esses que nós vemos por aí.

Sendo assim, uma única foto não faz muita diferença, mas uma sequência de fotos de um alvo em movimento faz um belo vídeo.

Você já parou para fazer uma analogia disso com a nossa vida? Quando eventos em nossa vida de diversas proporções, quer seja alegre, triste ou catastrófico, nós questionamos “porque está acontecendo isso?”.

Você já se pegou reclamando sobre algum momento da vida por ter uma aparência negativa, mas no fim viu que teve um final bom, oposto ao primeiro estado? Ou começou bem e terminou mal?

Pois bem, a nossa vida é um conjunto de eventos e muitas vezes nós questionamos as situações da vida, mas ao olharmos para trás, quando vemos o “quadro todo”, temos uma conclusão diferente da primeira.

Já pensou se estivéssemos com José no Egito (Gn. 37.39-50)? Questionaríamos a Deus porque um homem justo, temente e fiel estava passando pelo distanciamento da família, prisões e abandono. Mas, no “fim do quadro”, Deus estava conduzindo a vida daquele jovem para resgatar a nação de Israel da fome assoladora, inclusive José estava demonstrando o perdão de Deus ao perdoar aqueles que lhe causaram dano.

Já pensou se estivéssemos com Habacuque? Questionaríamos a Deus junto com o profeta, ao vermos uma nação (Babilônia) destruindo outra nação (Israel). No entanto, no “fim do vídeo” saberíamos que aquilo estava sob o controle do Senhor, pois Ele usou uma nação para disciplinar outra nação de maneira que ambas sofreram a sua disciplina. Quando o profeta entendeu o propósito de tudo, confiou no plano de Deus e na sua soberania (Hb 3.17-19).

Já pensou se estivéssemos com Jesus na sua morte? Questionaríamos a Deus junto com muitos ao ver o Filho de Deus, que pregou o amor, a paz e a igualdade, sendo surrado, cuspido e socado por homens que não entendiam o propósito da sua vinda. Ainda mais, questionaríamos o amor de Deus ao nos relatar que Ele “se agradou em moer o seu Filho” (Is 53.10). O fim dessa história? Deveríamos olhar para o “quadro maior”, que nos mostra que por meio do sofrimento de um Homem sem pecado, muitos pecadores seriam livres da culpa que condena e conduz ao inferno.

Quantas histórias poderíamos contar com um final feliz, apesar de um péssimo ponto de partida? Quando nós reclamamos da situação em que estamos, é o mesmo que olhar para uma foto isolada: não entenderemos nada se não olharmos o “vídeo de nossa vida” que o conjunto de eventos (fotos) forma.

A Bíblia nos ensina que existem dois caminhos, o da vida e o da morte; o Senhor quer que escolhamos a vida (Dt. 30.19; Jo 3.16; 3.36; 5.24; 14.6), independentemente do nosso estado atual ou inicial, somos convidados à terminar bem.

A vida é feita de momentos bons e momentos difíceis, mas o que será levado em conta é a história toda, o “quadro todo”. Afinal, toda experiência por mais que seja negativa é benéfica, pois nos torna experientes.

Paulo, na carta aos filipenses (4.4-13), nos ensina a nos alegrarmos no Senhor em toda e qualquer situação. Normalmente só queremos bons momentos e não entendemos que momentos de angústia e pobreza também são motivo de nos alegrarmos. Justamente por isso, Paulo conclui: “tudo posso naquele que me fortalece”, pois na pobreza também podemos encontrar riqueza. Na segunda carta aos coríntios (1.3-11), ele nos ensina que angústias e tribulações se manifestam ao nosso favor e conclui que isso é benéfico.

Tiago (1.2-4) nos ensina a ter alegria ao passarmos por provações, porque ela produz algo positivo, a perseverança que nos leva à perfeição.

Resumindo, temos muitos exemplos na Bíblia de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), inclusive os momentos negativos. E que Deus prova o nosso coração para que aprendamos que “nem só de pão viverá o homem”, mas de tudo aquilo que procede do Senhor (Dt 8.2-5). Contudo, nós questionamos o amor de Deus e sua existência por não conseguirmos vê-lo em todos os momentos.

Será que Deus também é pego de surpresa em algum momento de nossa vida? Será que Ele está tão distante da nossa situação? Diante de tudo isso, inclusive da situação em que estamos vivendo agora no Mundo, não devemos questionar a Deus apenas, mas responder a Ele: “como temos reagido nas diversas situações ao escrevermos a história da nossa vida?”.

Rafael Soletti Martin

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