Devocionais

5 – Os Propósitos de Deus Não Mudam

“Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende”, declarou Samuel, “porquanto não é homem, para que se arrependa” (1Sm 15.29). Balaão disse o mesmo: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa” (Nm 23.19). Arrependimento significa rever o próprio julgamento e mudar o seu plano de ação. Deus nunca faz isso; ele nunca precisa fazer isso, pois seus planos são feitos na base de um conhecimento e um controle completos que se estendem a todas as coisas, seja no passado, no presente ou no futuro, de maneira que não podem existir emergências repentinas ou situações que estejam acontecendo fora de sua vista e que o tomem de surpresa. “Uma de duas coisas leva o homem a mudar de ideia e mudar seus planos: ausência de previsão para antecipar tudo o que acontece ou falta de previsão para executá-los. Mas como Deus é tanto onisciente quanto onipotente, nunca há qualquer necessidade de ele rever seus decretos” (A. W. Pink). “O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Sl 33.11).
O que Deus faz no tempo ele planejou desde a eternidade. E tudo o que ele planejou na eternidade ele faz acontecer no tempo. E tudo o que ele se comprometeu a fazer em sua palavra será infalivelmente realizado. Assim, lemos acerca da “imutabilidade do seu propósito” em trazer crentes ao pleno gozo de sua herança prometida e acerca do juramento imutável pelo qual ele confirmou seu propósito a Abraão, o arquétipo do crente, tanto para a própria segurança de Abraão quanto para a nossa também (Hb 6.17s.). Assim é que ocorre com todas as intenções anunciadas de Deus. Elas não mudam. Nenhuma parte de seu plano eterno se altera.
É verdade que há um grupo de textos (Gn 6.6–7; 1Sm 15.11; 2Sm 24.16; Jn 3.10; Jl 2.13–14) que falam de Deus como se arrependendo. A referência, em cada caso, é relativa à mudança no tratamento de Deus em relação a um dado povo, como consequência à reação deste povo ao seu tratamento. Mas não há qualquer sugestão de que esta reação não fosse prevista ou que tenha tomado Deus de surpresa e não fosse parte de seu plano eterno. Não há nenhuma mudança em seu propósito eterno quando ele começa a lidar com uma pessoa de uma nova maneira.

Fonte:

Packer, J. I. (2014). O Conhecimento de Deus (Guia de Estudo) (P. C. Nunes dos Santos, Trad.; 1a edição, p. 73–74). Editora Cultura Cristã.

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