“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Co.13:11)
1- Quando eu era menino, não me preocupava com o tal futuro. Quando crescemos, costumamos esquecer que o futuro a Deus pertence. Criamos expectativas negativas do futuro, e por isso sofremos.
2- Quando eu era menino, a simplicidade de uma bolinha de gude, uma pipa, uma partida de futebol na rua, um nado na lagoa, e até um banho na chuva, me faziam feliz. Quando crescemos, vamos querendo parecer ser o que não somos, e sofremos por não possuir o que não precisamos.
3- Quando eu era menino, pegava no sono rapidinho. Quando crescemos, as preocupações atrapalham o sono tranquilo.
4- Quando eu era menino, não me preocupava com o poder. Não armava situações para controlar nada. Quando crescemos, queremos exercer algum tipo de domínio, e, alguns de nós, chegam a produzir estratégias usando o próximo como escada.
5- Quando eu era menino, o sorriso era fácil. Quando crescemos, ficamos sempre com o pé atrás, pensando mil coisas ao mesmo tempo, dificultando a risada gostosa.
6- Quando eu era menino, a ira era passageira. Quando crescemos, aninhamos raiva no coração e gostamos de mantê-la.
7- Quando eu era menino, não suspeitava mal. Quando crescemos, suspeitamos de tudo e de todos. Dificilmente aprofundamos relacionamentos interpessoais.
8- Quando eu era menino, não era esnobe. Quando crescemos, não perdemos a chance de aparecer, de nos colocar sob as luzes da ribalta.
9- Quando eu era menino, não contabilizava os erros dos outros. Quando crescemos, tornamo-nos auto-indulgentes, minimizando nossas piores idiossincrasias, e maximizando o “argueiro” no olho do irmão.
10- Quando eu era menino, meu pai era meu herói, tudo resolvia. Quando crescemos, esquecemos que Deus é nosso Pai provedor.
Peço perdão a Deus por ter deixado de ser menino. O amor vai desaparecendo aos poucos quando deixamos de ser meninos. Que tal voltarmos a ser meninos?
O Novo Testamento deixa bastante claro que a vida eterna não se trata de uma condição que recebemos quando morremos e vamos para o céu. Ao contrário, trata-se de uma vida que podemos desfrutar no presente. É muito mais do que uma vida próspera financeiramente, uma profissão bem-sucedida, um casamento feliz ou uma família unida. É a vida que Cristo apresenta, quando diz: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4.4). É desfrutar de uma comunhão constante com Deus e de um relacionamento íntimo e prazeroso. Nada nesse mundo se iguala ao deleite de compartilhar a vida com Deus!
Com a vida eterna em nós, a única coisa que queremos é viver – no sentido de aplicarmos em nossa vida os ensinamentos de Cristo que aprendemos do Evangelho. Devemos espelharmos e testemunharmos Cristo, através de nossas ações e atitudes, exalando o bom perfume de Cristo por onde passarmos, a fim de que às pessoas possam ver Cristo em nós e possam se certificarem que somos pessoas vivificadas e fomos transformadas pelo poder de Deus. Isso tudo acontece porque quando Deus vivifica e regenera, Ele transmite a sua própria vida espiritual à pessoa. Essa vida espiritual transmitida faz nascer um relacionamento pessoal, intimo entre ambos, fazendo com que a pessoa regenerada deseje ardentemente a cada dia conhecer mais a Deus e a Jesus Cristo (Jo. 17.3). Ela passa a compartilhar a sua vida com Deus por intermédio de Cristo (1Jo. 1.1-4).
A vida eterna que recebemos é um dom divino e uma propriedade que tomamos posse perpetuamente. Nada nesse mundo tirará, de nós, essa graça que nos foi concedida. Jesus afirma: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo. 10.28). A Vida Eterna começa aqui e agora. Já estamos vivendo a vida eterna hoje, pois o Evangelho afirma que o Reino já chegou. Não devemos ficar de braços cruzados aguardando a volta de Cristo. Devemos viver o presente intensamente; trabalhando em prol do Reino de Deus; e desejo ardente em nosso coração pela Segunda Vinda do nosso Senhor.
Muitos ao receberem a nova vida se acomodam. Eles ainda vivem com medo de perderem a salvação. Vivem em busca de revelação e profecias, ou buscando rituais de aproximação – em vez de viver a vida em toda a sua plenitude, que lhe é permitida viver nesse mundo. Precisamos desfrutar da certeza de nossa salvação, manejando bem a palavra da verdade (2Tm. 2.15-16) e não ficar dando ouvidos as experiências de fontes duvidosas. Devemos seguir a orientação de Paulo à Timóteo, quando diz: “Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual foste chamado de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” (1Tm. 6.12).
Em termos subjetivos, o grande testemunho da nossa salvação é o testemunho interno do Espírito Santo, que assegura em nosso íntimo que somos filhos de Deus (Rm. 8.15-17). Contudo, a Escritura também nos fala de evidências externas da nossa filiação. Uma delas é a manifestação do amor sincero dedicado aos irmãos. O cuidado, o zelo, a generosidade e o carinho que os dispensamos é uma forma de mostrarmos que cremos realmente em Cristo e que estamos unidos a Ele. Esse sentimento sublime, é uma prova dessa gloriosa dádiva permanente em nós. A vida no sentido espiritual substitui a morte do cristão. A vida espiritual de cada pessoa é medida pelo amor que é demonstrado pelos irmãos. É impossível uma pessoa ser um cristão e não praticar o amor fraterno. João é bem enfático ao dizer que os “vivos” amam e os “mortos” odeiam: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si” (1Jo. 3.14-15).
A mensagem de João, no texto acima, é sobre o amor ao próximo. Quando Jesus esteve aqui na terra, ele nos deu um novo mandamento: que deveríamos amar uns aos outros, assim como ele nos amou (Jo. 13.34). É desse amor que João está se referindo. João expõe, em sua primeira Carta (3.23), o mandamento de Cristo: “Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.” Esse novo mandamento equivale as duas partes dos Dez Mandamentos, sendo que a primeira parte tem prioridade sobre a segunda. João prossegue narrando o ódio em que o mundo vive após a Queda. Ele menciona o primeiro assassinato ocorrido no mundo, motivado pelo ódio de Caim contra o seu irmão Abel, afirmando que foi devido à justiça de Abel. Enquanto estivermos nesse mundo, haverá ódio e desamor dos ímpios pelos crentes. Isso não deve causar espanto, pois eles estão mortos espiritualmente. Contudo, essa falta de amor não pode acontecer entre os cristãos, porque já passamos da morte para a vida e quem que não ama permanece na morte (3.14). João declara que quem odeia o irmão é assassino, e não tem a vida eterna permanente em si (3.15).
Removido do Livro: Teologia da Prosperidade a Luz das Escrituras .
Mariza Tavares de Souza é Advogada e Mestre em Divindade (M. Div), com concentração em estudos Históricos-Teológicos pelo Centro Presbiteriano Pós-Graduação Andrew Jumper. Bacharel em Direito, Pela Universidade Federal do Pará (1984). Pós-Graduada em Direito Empresarial pela Universidade São Judas (2001). Professora da Escola Bíblica Dominical (classe adultos) da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. Natural de Belém-PA, em 14/10/1956. Casada há 40 anos com o Professor Universitário Eloi Tavares de Souza, Mãe e Avó.
A circuncisão separava os filhos dos crentes dos filhos dos incrédulos e os localizava sob as asas protetoras do pacto (Gn 17.10-12). Quando Deus estabeleceu seu pacto com Abraão, ele ordenou: “Esta é a minha aliança que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio, será isso por sinal de aliança entre mim e vós” (Gn 17.10-11). Deus não trabalha apenas com indivíduos, mas com famílias. Para “você e sua casa” é uma frase comum em ambos testamentos. No caso de Abraão , Deus estabeleceu um sinal pactual que fizesse separação entre os filhos de crentes e os filhos de incrédulos. Note que a circuncisão não apenas representava a separação, ela era a separação, Deus ordenou que os infantes (de oito dias) em Israel fossem circuncidados. Abraão creu em Deus e por isso foi justificado. Circuncidareis seu filho era uma atitude de fé na promessa de Deus. Por que será que Deus não esperou o filho de Abraão tivesse idade suficiente para fazer uma decisão por si mesmo? A resposta é simples: “Porque a salvação não é centrada no homem, mas em Deus”. O foco não é a nossa escolha, mas a escolha divina. Deus vem para nós e para nossos filhos em amor e graça e coloca sua marca de posse no povo do seu pacto. Para aqueles que argumentam que a pessoa precisa se arrepender e crer para depois ser batizada, podemos dizer que é assim para os adultos, pois Deus exigiu isso de Abraão para que fosse circuncidado, mas Deus não exigiu isso de Isaque. Isaque foi circuncidado porque era um filho do pacto. A fé que Abraão demonstrou era suficiente para que Isaque também recebesse a marca do pacto.
No Novo Testamento, p interesse de Deus pelas famílias continua. Quando Pedro pregou um sermão Evangelístico no templo após o dia de Pentecostes ele declarou; “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus chamar”. (At 2.39). É interessante que Pedro destaque a questão da promessa. Ele próprio identificou a promessa do derramamento do Espírito como de cumprindo naquele dia. Agora ele fala da promessa de Deus aos filhos em termos bem parecidos com aqueles que o próprio Deus usou ao estabelecer a Aliança com Abraão. A orientação aqui não está no fato de que Deus espera que nossos filhos queiram ter um compromisso com ele, mas no fato de que é ele quem os chama. O Apóstolo Paulo assegura-nos que um pai crente pode santificar um filho mesmo que o outro cônjuge seja incrédulo, pois como ele mesmo diz: “Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos” (1Co 7.14). Por que Paulo usa a mesma distinção veterotestamentária de “puro” e “impuro” para os filhos, se não há diferença entre os filhos de crentes e os filhos de incrédulos? Porque certamente existe uma distinção. Não se pode negar que todos, para que sejam salvos, precisam crer em Jesus, porém, é um grande erro tratar de forma igual um filho de crente e um filho do mundo, pois a Bíblia demonstra que há diferença entre eles, e há uma marca que torna essa distinção clara, essa marca é o batismo. A marca da Aliança é a própria distinção
A igreja Primitiva seguiu fielmente esta orientação Bíblica. Os mais antigos documentos pós-apostólicos demonstram uma imutável prática do batismo infantil. O que isso significa? Significa que os Apóstolos batizavam crianças. E o fato de não haver nenhuma indicação do Novo Testamento de quem deve ser batizado pesa ainda mais a favor do batismo infantil, pois, então, permanece a base do Antigo Testamento. Para aqueles que argumentam que o silêncio do Novo Testamento a respeito das crianças impossibilita que elas sejam batizadas, teríamos que dizer que, se fosse assim, então, as mulheres não poderiam participar da Ceia, pois o Novo Testamento não as autoriza explicitamente. Mas todos entendem por implicação, que a mulher deve participar, e é esse mesmo entendimento que leva os reformados a defender o batismo das criança. No Antigo Testamento as crianças recebiam o sinal da Aliança com oito dias (Gn 17.12). Se no Antigo Testamento, os pais não esperavam as crianças crescerem para decidirem por si mesmas se queriam a marca da Aliança, por que deveríamos esperar hoje?
É preciso que fique claro, portanto, que a base para batizar as crianças é a doutrina do Pacto da Graça. Se os pais fazem parte do pacto, então os filhos também fazem. Porém, isso não significa que estão automaticamente salvos. Não somos salvos por nascimento, somos salvos por fé. Deus não prometeu que cada filho de pais crentes será salvo, antes tem prometido perpetuar sua obra de graça na descendência dos crentes (Ver Gn 17.7; Sl 103.17-18; 105.6-11; Is 59.21; At 2.39). Sobre essa base os pais crentes devem batizar seus filhos, confiando que Deus desenvolverá sua obra pactual com eles, enquanto eles próprios esforçam-se por ensinar a criança no caminho certo para que não se desvie quando adulta (Pv 22.6). Quanto ao argumento que seria inútil batizar as crianças sem ter certeza de que serão salvas, podemos contra argumentar que não temos certeza se todos os adultos que se batizam são realmente salvos. O batismo dos adultos também não garante a salvação. Mas é uma atitude de fé consagrar os filhos ao Senhor e administrar sobre eles o símbolo da Aliança. Ao contrário de desagradar a Deus, essa prática somente o agradaria, pois ele próprio exigiu essa atitude de fé no fato de Abraão circuncidar seu filho Isaque. O batismo das crianças que são filhas de pais crentes simboliza a realidade de que elas são separadas aos olhos de Deus. Neste batismo, pais que vivem na Aliança se comprometem a criar seus filhos conforme a Palavra do Senhor. Por outro lado, como diz Calvino, “devemos temer sempre o perigo que nos ameaça, se desprezarmos o privilégio de assinalar os nossos filhos com o selo da Aliança, de que o Senhor nos castigue por termos renunciado à benção que nos é oferecida no Batismo (Gn 17.14).
Ainda que o Novo Testamento não diga explicitamente que as crianças devam ser batizadas, há relatos de várias “casas” que receberam o batismo através dos Apóstolos. Por exemplo, Lídia e toda a sua casa (At 16.15), bem como o carcereiro e todos os seus (At 16.33; Ver ainda At 18.8 ). É verdade que os textos não dizem explicitamente que havia crianças nas casas, mas negar essa possibilidade é uma presunção que se aproxima muito do preconceito.
Leandro Lima é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição – SP (1999). Mestre em Teologia e História pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper – SP (2003). Mestre em Ciências da Religião pelo Mackenzie – SP (2010). Doutor em Letras – Literatura pela Universidade Mackenzie, com tese sobre o livro de Apocalipse. Professor residente do CPAJ, atuando em Novo Testamento e Teologia Sistemática. Dentre vários livros e artigos, autor de: Razão da Esperança – Teologia para hoje (2006, Editora Cultura Cristã). As Grandes Doutrinas da Graça (10 volumes pela Editora Odisseu, 2007-2012). Brilhe a sua luz: o cristão e os dilemas da sociedade atual (2009, Cultura Cristã). O Futuro do Calvinismo: os desafios e oportunidades da pós-modernidade para a Igreja Reformada (Cultura Cristã, 2010). Autor de uma ficção intitulada Olam (Crônicas de Luz e Sombras 2012 – Crônicas do Mundo e do Submundo 2014). Pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro – SP. Professor de Teologia Sistemática no Seminário JMC. Casado com Vivian e pai do Vicktor Daniel.
Daniel 7.25 Gênesis 2.2 Êxodo 20.8 Deuteronômio 5.12–15 Salmo 118.20–24 Lucas 22.7 Lucas 22.53 Gálatas 4.3–5 Efésios 1.3–14 Atos dos Apóstolos 20.7 1Coríntios 16.1–2 Apocalipse 1.10 Colossenses 2.16–17 Mateus 5.17–19 Isaías 58.13–14 Marcos 2.23–28 Gálatas 4.8–11
Propósito do Estudo
Edificar a Igreja
Repelir Falsos ensinos sabatistas e antinomistas
Relembrar a importância de estudar a Lei (Mt 5.17-19)
Não é falar sobre o dever de guardar o Dia do Senhor ou não.
1 – Deus é imutável, por isso não pode mudar o mandamento?
Gênesis a Salmos Velho x Novo Testamento Leis Cerimoniais Leis Civis
2 – Constantino foi um pagão que adorava o Sol e instituiu (07/03/321 d.C) o domingo como dia de adoração segundo a profecia de Dn 7.25? Ratificado posteriormente no Concílio de Nicéia em 325 d.C? Vejamos:
Documentos escritos nos três primeiros séculos, muito antes de Constantino existir (306-337 d.C), adotaram e conservam, todos eles, a mesma expressão concebida pelo apóstolo João para referir-se ao glorioso dia da ressurreição de Jesus Cristo.
Século 1º: Escritos dos Apóstolos
No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite. (At 20.7)
Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. (1Co 16.1–2)
Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,(Ap 1.10)
Século 2º: Escritos de Melito de Sardes
Nestes escritos, há um tratado sobre a adoração no domingo, intitulado: peri kyriakes (acerca do dia dominical), “dia do Senhor”, isto é, “domingo”.
Ano 110-115: Epístola de Inácio aos magnesianos
“Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 d.C).
“Porque se no dia de hoje vivermos segundo a maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a graça […] Assim pois, os que haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já sem observar os sábados, porém modelando suas vidas segundo o ‘dia do Senhor’ (Kyriaken zontes)”.
Ano 130: O “evangelho de Pedro”
É um documento histórico comprovadamente escrito no princípio do século 2º , e também se refere ao dia da ressurreição usando o mesmo adjetivo kyriakes, que, na edição de Jorge Luís Borges, é traduzido corretamente por “domingo”.
Ano 132, ou antes: Epístola de Barnabé
“Portanto, também nós guardamos o oitavo dia ( kyriake hemera, ‘domingo’) para nos alegrarmos em que também Jesus se levantou dentre os mortos e, havendo sido manifestado, ascendeu aos céus”. “Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu” (Barnabé, 120 d.C).
Ano 150-180: Justino Mártir, Eusébio, Clemente de Alexandria e Bardaneses
Escritores dos séculos 2º e 3º, todos eles também adotaram o kyriake hemera criado por João para o “dia da ressurreição”, vertido para o latim como Domínica die “dia dominical” e passado para o português como “domingo”!
“No dia chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos” (Justino Mártir 140 d.C)
“Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes, 180 d.C.).
P. ex., no Didaquê 14:1, escrito provavelmente na primeira década do segundo século, além da carta de Inácio dirigida à comunidade em Magnésia antes do ano 110, Mag. 9,1, e da carta chamada de carta de Barnabé, redigida algumas décadas depois, Barn. 15:2.
“No domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto que o tempo permitia. Termina a leitura e o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras.Depois disso, todos nós levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, tomamos pão e vinho e ação de graças por eles de acordo com sua capacidade, e a congregação responde amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um, e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dia ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; e está coleta é entregue só presidente que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade.” (Justino Mártir, 100-167 d.C – disponível no “Manual Bíblico Halley”)
Então quem é esse rei que profanaria as leis e mudaria os tempos? Antíoco Epífanes 215-162 a.C
41″Então, o rei Antíoco publicou para todo o reino um edito, prescrevendo que todos os povos formassem um único povo. 42 Cada um devia renunciar a seus costumes particulares. Todos os gentios se conformaram a essa ordem do rei, e 43 muitos de Israel adotaram a sua religião, sacrificando aos ídolos e violando o sábado. 44 Por intermédio de mensageiros, o rei enviou, a Jerusalém e às cidades de Judá, cartas prescrevendo que aceitassem os costumes dos outros povos da terra. 45 Deviam suprimir holocaustos, sacrifícios e libações no templo; violar os sábados e as festas; 46 profanar o santuário e os santos; 47 erigir altares, templos e ídolos; sacrificar porcos e outros animais impuros. 48 Deviam também deixar seus filhos incircuncidados e macular suas almas com toda sorte de impurezas e abominações, de maneira 49 a obrigarem-nos a esquecer a Lei e a transgredir as prescrições. 50 Todo aquele que não obedecesse à ordem do rei seria morto.” I Macabeus, 1 – Bíblia Católica Online
Ensinos no Novo Testamento
Lucas a Colossenses
Nós marcamos a transição de um dia para o outro olhando o relógio a fim de observar as badaladas da meia-noite. No entanto, quando um rabino, nos dias de Jesus, precisava marcar a transição do dia comum para o santo dia do sábado, ele seguraria alto duas cordas: uma clara e uma escura. Quando a luz solar se tornasse fraca demais para distinguir qual era a corda clara e qual era a escura, então o sábado tinha iniciado (o sábado do AT começava ao por do sol da meia noite de sexta-feira). O rabino repetiria o mesmo processo para saber se o sábado já havia terminado. Ele marcava uma passagem de cada dia e o início do dia sagrado pela transição da luz para as trevas.
Em contraste, os escritores do NT uma transição diferente. Eles descrevem a transição do tempo sombrio do AT para a luminosidade do NT com o alvorecer da manhã de Páscoa. Você pode ver evidências dessa transição como no final do Evangelho de Lucas. (BER)
Porque João usa a ??????? ????? de forma única, sendo que não foi usada por mais ninguém?
Apontar para o “Dia da Ressurreição” como algo inédito.
Para distinguir do Dia da Ressurreição do Dia escatológico “????????” referido em toda a bíblia (????? ??? ??????). (cf. At 2.20; 1Co 5.5; 1Ts 5.2; 2Pe3.10)
Acertadamente, Jerônimo verteu ??????? ????? (kyriakei hemerai) para a Vulgata Latina como Dominica die (“dia dominical”, “domingo”) e não como die domini (“dia do Senhor”). Veja: “Fui in spiritu in dominica die et audivi post me vocem magnam tamquam tubae”(Ap 1.10) Daí, a clássica versão de Antônio Pereira de Figueiredo traduzir: “eu fui arrebatado em espirito hum dia de Domingo, e ouvi por detrás de mim huma grande voz como de trombeta”. De Figueiredo, A. P. (1885). A Bíblia Sagrada Contendo o Velho e o Novo Testamento Segundo a Vulgata Latina (Ap 1.10). Lisboa: n.p.
Resumo:
Não devemos desprezar a Gramática e a História
O primeiro dia da semana é o Dia do Senhor prefigurado no Sábado, anunciado por Deus através dos profetas e estabelecido na plenitude dos tempos pela morte e ressurreição de Cristo.
Seis dias trabalhavam os homens para descansar no Sétimo, prefigurando o descanso futuro. Já agora, recebemos o descanso em Cristo no prefigurado no primeiro dia da semana para trabalhar outros Seis bem intencionados. Por fim, a Graça inicia na vontade soberana de Deus, independente das nossas obras, e nos liberta da escravidão do pecado.
Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. (Sl 118.24)
Fontes de Pesquisa:
Pohl, A. (2001). Comentário Esperança, Apocalipse de João. Curitiba: Editora Evangélica Esperança. Kistemaker, S. (2014). Apocalipse. (J. Hack, M. Hediger, & M. Lane, Trads.) (2a edição, p. 2). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. Stauffer, E. (2013). eg?. G. Kittel, G. Friedrich, & G. W. Bromiley (Orgs.), J. A. dos Santos (Trad.), Dicionário Teológico do Novo Testamento (1a edição, Vol. 1, p. 217). São Paulo: Editora Cultura Cristã. De Figueiredo, A. P. (1885). A Biblia Sagrada Contendo o Velho e o Novo Testamento Segundo a Vulgata Latina. Lisboa: n.p. Almeida Revista e Atualizada. (1993). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil. https://www.icp.com.br/df76materia2.asp Bíblia de Estudo da Reforma. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil. Holmes, M. W. (2011–2013). The Greek New Testament: SBL Edition. Lexham Press; Society of Biblical Literature. Nova Versão Internacional. (2001). São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional. Sociedade Bíblica do Brasil. (1999). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. (2002). Bíblia de Estudo Almeida Revista e Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil. https://www.icp.com.br/df43materia2.asp https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/i-macabeus/ Collins, J. J., & Collins, A. Y. (1993). Daniel: a commentary on the book of Daniel. (F. M. Cross, Org.) (p. 322). Minneapolis, MN: Fortress Press. Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição revisada e atualizada, p. 598–599). São Paulo: Hagnos.
Exportados do Software Bíblico Logos, 18:10 9 de maio de 2020.
“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”.
Nenhum animal trabalha para sobreviver, mas cada um tem sua função; depois, procura e encontra alimento. O passarinho voa e canta, faz o ninho e gera filhotes; esse é o seu trabalho, mas não é dele que se alimenta. Os bois tiram o arado, os cavalos servem de transportes e nas lutas, as ovelhas fornecem lã, leite e queijo, e isso é o que fazem, mas não é daí que obtêm o alimento, e sim da terra que faz brotar a grama que a todos alimenta pela benção de Deus. Assim, o ser humano também deve e tem de trabalhar e fazer algo, mas não pode esquecer que seu alimento não vem de seu trabalho, mas de outro lugar, a saber, da rica benção de Deus – ainda que possa parecer que é de seu trabalho que provém o alimento, já que Deus nada lhe dará se ele não trabalhar. De igual modo, o passarinho, que não semeia nem colhe, também morreria de fome se não voasse em busca de alimento. Que ele encontre alimento não é, contudo, mérito seu, mas bondade de Deus. Pois quem põe o alimento onde ele pode encontrá-lo? Se Deus nada puder, nada se encontrará, mesmo que o mundo se mate de trabalhar e procurar. (Martinho Lutero)
Andemos como peregrinos,
Vazios e de tudo desprovidos;
O muito acumular
Só faz a jornada pesar.
Quem quiser, acumule até morrer;
andamos sem nada ter,
com pouco nos saciamos;
só do necessário precisamos.
Tersteegen
Diariamente Deus me dê
tanto quanto para vida eu precisar.
Aos pássaros ele sempre provê:
como não iria de mim cuidar?
Claudius
Reflexões removidas do livro Discipulado, Dietrich Bonhoeffer.
Os mandamentos de amor ao próximo e de renúncia à vingança se tornarão cada vez mais urgentes na luta sagrada que se aproxima e, na verdade, na qual já estamos, há anos, engajados, pois de um lado está o amor e, do outro, o ódio. É obrigação de toda alma cristã preparar-se para esse combate. Vem chegando o tempo em que aquele que confessar o nome do Deus vivo se tornará,por causa dessa confissão, não apenas objeto de ódio e de fúria do mundo – o que já está acontecendo, mas será também excluído da assim chamada “sociedade humana; será caçado de um lugar para o outro, maltratado, agredido fisicamente e, por vezes, assassinado. Vem chegando o tempo de perseguição generalizada aos cristãos. E é, na verdade, aí que reside o sentido último de todos os movimentos e lutas de nossos dias. Os adversários buscam a destruição de nossa Igreja e de nossa fé cristã porque não conseguem conviver conosco, porque veem em cada palavra que dizemos, em cada ato que praticamos, mesmo quando não dirigido contra eles, uma condenação de suas palavras e atos. E nisso não estamos errados. Suspeitam também que somos indiferentes as suas condenações; na verdade, têm de admitir que a condenação deles contra nós é completamente ineficaz. Não discutimos nem brigamos com eles, embora preferissem que o fizéssemos e, dessa maneira, descêssemos até seu nível. Como travar essa batalha? Logo chegará o tempo que teremos de orar não mais como indivíduos isoladamente, mas como congregação articulada, como Igreja, em que juntos elevaremos as mãos em oração; ainda que em pequenos grupos, e no meio de milhares e milhares de apóstatas, louvaremos e confessaremos ao Senhor que foi crucificado e subiu aos céus e que um dia voltará. E que oração, que confissão, que hino de louvor será? Será justamente a oração do amor mais terno por esses que se perderam, que nos rodeiam e nos miram com olhares cheios de ódio e com as mãos já levantadas para desferir o golpe mortal; será a oração pela paz dessas almas errantes, desoladas, confusas; a oração lhes penetrará fundo na alma e lhes despedaçará o coração mais dolorosamente que qualquer coisa que eles, com todo ódio contra nosso coração, pudessem fazer conosco. Sim, a Igreja que de fato espera seu Senhor, que reconhece os sinais da época em que será necessário tomar decisões, deverá, com toda força de sua alma, com toda força de sua vida sagrada, lançar-se na oração do amor.
A.F.C. Vilmar, 1880
BONHOEFFER Dietrich, Discipulado. pág 116-117. Editora Mundo Cristão.
O time-lapse é uma técnica cinematográfica que vemos em alguns vídeos circulando pela internet e televisão, os quais nos mostra do nascer do sol ao por do sol em segundos, uma semente germinando e dando seu fruto em segundos, uma flor abrindo seu botão em segundos. (alguns exemplos acima)
Essa técnica, de forma bem genérica, funciona mais ou menos assim:
Um segundo de vídeo tem cerca de 24 fotos reproduzidas em um quadro de 1 segundo. Um quadro de 10 segundos de vídeo tem cerca de 24 fps (fotos por segundo) calculando um total de 240 fotos, e assim por diante.
Uma câmera é posicionada para ficar capturando fotos pausadamente no decorrer do dia, e quando elas forem colocadas em um programa de vídeo, será feito um filme lindo como esses que nós vemos por aí.
Sendo assim, uma única foto não faz muita diferença, mas uma sequência de fotos de um alvo em movimento faz um belo vídeo.
Você já parou para fazer uma analogia disso com a nossa vida? Quando eventos em nossa vida de diversas proporções, quer seja alegre, triste ou catastrófico, nós questionamos “porque está acontecendo isso?”.
Você já se pegou reclamando sobre algum momento da vida por ter uma aparência negativa, mas no fim viu que teve um final bom, oposto ao primeiro estado? Ou começou bem e terminou mal?
Pois bem, a nossa vida é um conjunto de eventos e muitas vezes nós questionamos as situações da vida, mas ao olharmos para trás, quando vemos o “quadro todo”, temos uma conclusão diferente da primeira.
Já pensou se estivéssemos com José no Egito (Gn. 37.39-50)? Questionaríamos a Deus porque um homem justo, temente e fiel estava passando pelo distanciamento da família, prisões e abandono. Mas, no “fim do quadro”, Deus estava conduzindo a vida daquele jovem para resgatar a nação de Israel da fome assoladora, inclusive José estava demonstrando o perdão de Deus ao perdoar aqueles que lhe causaram dano.
Já pensou se estivéssemos com Habacuque? Questionaríamos a Deus junto com o profeta, ao vermos uma nação (Babilônia) destruindo outra nação (Israel). No entanto, no “fim do vídeo” saberíamos que aquilo estava sob o controle do Senhor, pois Ele usou uma nação para disciplinar outra nação de maneira que ambas sofreram a sua disciplina. Quando o profeta entendeu o propósito de tudo, confiou no plano de Deus e na sua soberania (Hb 3.17-19).
Já pensou se estivéssemos com Jesus na sua morte? Questionaríamos a Deus junto com muitos ao ver o Filho de Deus, que pregou o amor, a paz e a igualdade, sendo surrado, cuspido e socado por homens que não entendiam o propósito da sua vinda. Ainda mais, questionaríamos o amor de Deus ao nos relatar que Ele “se agradou em moer o seu Filho” (Is 53.10). O fim dessa história? Deveríamos olhar para o “quadro maior”, que nos mostra que por meio do sofrimento de um Homem sem pecado, muitos pecadores seriam livres da culpa que condena e conduz ao inferno.
Quantas histórias poderíamos contar com um final feliz, apesar de um péssimo ponto de partida? Quando nós reclamamos da situação em que estamos, é o mesmo que olhar para uma foto isolada: não entenderemos nada se não olharmos o “vídeo de nossa vida” que o conjunto de eventos (fotos) forma.
A Bíblia nos ensina que existem dois caminhos, o da vida e o da morte; o Senhor quer que escolhamos a vida (Dt. 30.19; Jo 3.16; 3.36; 5.24; 14.6), independentemente do nosso estado atual ou inicial, somos convidados à terminar bem.
A vida é feita de momentos bons e momentos difíceis, mas o que será levado em conta é a história toda, o “quadro todo”. Afinal, toda experiência por mais que seja negativa é benéfica, pois nos torna experientes.
Paulo, na carta aos filipenses (4.4-13), nos ensina a nos alegrarmos no Senhor em toda e qualquer situação. Normalmente só queremos bons momentos e não entendemos que momentos de angústia e pobreza também são motivo de nos alegrarmos. Justamente por isso, Paulo conclui: “tudo posso naquele que me fortalece”, pois na pobreza também podemos encontrar riqueza. Na segunda carta aos coríntios (1.3-11), ele nos ensina que angústias e tribulações se manifestam ao nosso favor e conclui que isso é benéfico.
Tiago (1.2-4) nos ensina a ter alegria ao passarmos por provações, porque ela produz algo positivo, a perseverança que nos leva à perfeição.
Resumindo, temos muitos exemplos na Bíblia de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), inclusive os momentos negativos. E que Deus prova o nosso coração para que aprendamos que “nem só de pão viverá o homem”, mas de tudo aquilo que procede do Senhor (Dt 8.2-5). Contudo, nós questionamos o amor de Deus e sua existência por não conseguirmos vê-lo em todos os momentos.
Será que Deus também é pego de surpresa em algum momento de nossa vida? Será que Ele está tão distante da nossa situação? Diante de tudo isso, inclusive da situação em que estamos vivendo agora no Mundo, não devemos questionar a Deus apenas, mas responder a Ele: “como temos reagido nas diversas situações ao escrevermos a história da nossa vida?”.
A seu serviço,
Rafael Soletti Martin – Membro da Igreja Reformada em Campinas
O arrependimento é necessário para os hipócritas. Refiro-me aos que se deixam ficar no pecado. A hipocrisia é a falsificação da santidade. O hipócrita, ou o ator no palco, vai um passo além do moralista e veste o traje da religião. Ele finge uma forma de piedade, mas nega o poder dela (2 Tm 3.5). O hipócrita é um santo de brincadeira, um santo do pau oco. Ele faz uma exibição magnífica, como um macaco vestido de arminho ou de púrpura.
O hipócrita é como uma casa que ostenta uma bela fachada, mas todos os seus cômodos são sombrios. É um poste carcomido, belamente enfeitado. Sob uma máscara de fé professa ele esconde úlceras pestilentas. O hipócrita é contra a pintura das faces, mas pinta a santidade. Ele é aparentemente bom para poder ser realmente mau […].
O hipócrita parece ter seus olhos cravados no céu, mas o seu coração está cheio de cobiças impuras. Ele vive em pecado secreto contra a sua consciência. Ele pode ser assumidamente parecido com a sua companhia do momento e, assim, pode agir igualmente como pomba e como abutre. Ele ouve a Palavra, mas sem coração: é só ouvido.
O hipócrita é pela devoção no templo, onde outros podem observá-lo e admirá-lo, mas negligencia a oração em família e a oração secreta. Na verdade, se a oração não faz a pessoa abandonar o pecado, o pecado a fará abandonar a oração.
O hipócrita finge humildade, mas o faz para poder subir na vida. Ele finge ter fé, mas faz uso dela como máscara, não como escudo. Ele leva a Bíblia debaixo do braço, mas não em seu coração. Toda a sua religião é uma grave mentira (Os 11.12).
Pode-se encontrar atualmente uma geração desses homens? Queira o Senhor perdoar a “santidade” deles! Os hipócritas estão “em fel de amargura” (At 8.23). Oh, como necessitam humilhar-se até o pó! Eles foram longe de mais em sua podridão interior, e, se há algo que pode curá-los, só pode ser por eles se alimentarem das várzeas salobras do arrependimento.
Permitam me soltar minha mente e língua. Ninguém vai achar mais difícil arrepender-se do que os hipócritas. Eles são tão fingidos na religião que os seus corações traiçoeiros não sabem como arrepender-se. É mais difícil curar a hipocrisia do que a loucura. A massa purulenta que há no coração do hipócrita raramente vaza. Se não for tarde demais, que ele procure a misericórdia de Deus.
Que os culpados do predomínio da hipocrisia em suas vidas temam e tremam. A condição deles é pecaminosa e triste. É pecaminosa porque eles não abraçam a religião por escolha, mas com má intenção premeditada; não a amam, só a pintam. É triste em dois aspectos: primeiro, porque essa arte do engano não pode durar muito; aquele que depende de um sinal, mas não tem o conteúdo da graça em seu coração, só terá que se arrebentar no final. Segundo, porque a ira de Deus cairá mais pesadamente sobre os hipócritas. Eles são os que mais desonram Deus e tiram o bom nome do evangelho. Por isso o Senhor reserva setas mais mortíferas da sua aljava para atirar neles. Se os pagãos hão de ser condenados, os hipócritas serão duas vezes mais. O inferno é chamado o lugar dos hipócritas (Mt 24.51), como se fosse preparado principalmente para eles e fosse estabelecido para eles como herança incondicional.
WATSON Thomas, A Doutrina do Arrependimento, pág 92-94. Editora PES.
DEZ MANEIRAS PELAS QUAIS ESSA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS PODE SER BENÉFICA
Sou cristão e, portanto, quero olhar para essa pandemia de coronavírus através das lentes da Bíblia, particularmente de Romanos 8: 28,29: “E sabemos que para quem ama a Deus, todas as coisas trabalham juntas para o bem, para quem são chamados de acordo com seu propósito. Para aqueles que ele conheceu, ele também predestinou a ser conformado à imagem de seu Filho, para que ele pudesse ser o primogênito entre muitos irmãos.”
Este texto nos ensina que, para nós, crentes em Cristo, todas as coisas, sem exceção, incluindo o coronavírus, trabalham juntas para o bem. Embora, às vezes, em tempo de grande provação, sintamos o que Jacó sentiu, “todas essas coisas estão contra mim” (Gênesis 42:36). Mais tarde, porém, quando olharmos para trás, iremos dizer como José: “Deus quis que fosse para sempre” (Gênesis 50:20). Então, como esse coronavírus pode ser para o nosso bem? Deixe-me sugerir dez maneiras pelas quais esse vírus pode ser para o nosso bem.
Ele pode nos unir em oração globalmente, já que o vírus está agora em pandemia. Não subestimemos o que nossas orações podem fazer. O avivamento começa com a oração.
Pode abrir uma porta para compartilharmos o evangelho com os incrédulos. Com esta pandemia, nós, cristãos, temos uma maravilhosa oportunidade de mostrar o amor de Cristo aos outros. Jesus diz: “Deixe sua luz brilhar diante dos outros, para que eles possam ver suas boas obras e dar glória a seu Pai que está nos céus” (Mt 5:16).
Pode nos afastar de alguns de nossos ídolos no mundo, como esportes, já que esse vírus causou cancelamentos e adiamentos de eventos esportivos. Infelizmente, alguns cristãos preferem assistir ou participar de um evento esportivo no domingo a adorar a Deus.
Pode nos obrigar a confiar em Deus para a cura, uma vez que ainda não existe uma vacina conhecida para esse vírus. Os medicamentos são dons de Deus, mas às vezes dependemos mais desses dons do que do doador.
Pode dar aos pais um tempo especial para ficar com seus filhos, pois esse vírus também causou o fechamento das escolas. Vamos pedir ajuda a Deus para que nosso tempo com nossos filhos se torne uma bênção e não um fardo. Vamos lembrar também que nossos filhos estão nos observando. Assim, pelo que dizemos e fazemos, vamos ensiná-los a reagir a uma crise como essa de uma maneira que honre a Deus.
Pode servir como uma ocasião para “ficarmos quietos e sabermos que o Senhor é Deus” (Sl 46:10). O ritmo de vida em que vivemos agora é tão rápido que mal encontramos tempo para fazer uma pausa e meditar na Palavra de Deus. Como esse vírus interrompeu a vida normal, para a maioria de nós temos tempo extra para comungar com Deus e refletir sobre as coisas celestiais e eternas.
Pode nos deixar cara a cara com a realidade da morte, pois esse vírus continua a reivindicar vidas em todo o mundo . “E assim como é designado que o homem morra uma vez, e depois vem o julgamento” (Heb. 9:27). Você está pronto para morrer?
Pode ser um chamado de Deus para nos arrepender de nossos pecados. Normalmente, uma peste é um sinal do julgamento de Deus. Por exemplo, em 2 Samuel 24, Deus puniu Seu povo da aliança por causa do pecado de Davi e o castigo de Deus chegou a eles em uma forma de pestilência que ceifou 70.000 vidas.
Pode nos indicar a Segunda Vinda de Cristo. De certo modo, não devemos nos surpreender ao ver mais eventos como essa pandemia, como o próprio Jesus diz sobre os últimos dias: “Nação se levantará contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, e em vários lugares fomes e pestilências ”(Lucas 21:10,11). Infelizmente, as pessoas se preparam para a chegada do coronavírus, mas dão pouca atenção à Segunda Vinda de Cristo.
É certo que Deus só usará essa pandemia como instrumento em Sua mão para nos conformar mais à imagem de Seu Filho Jesus Cristo. Portanto, o coronavírus não foi projetado para nos afastar de Deus, mas para nos aproximar Dele. É nesse sentido que esse vírus é, em última análise, para o nosso bem espiritual e para a própria glória de Deus.
Portanto, irmãos cristãos: “Não se perturbe o seu coração” (João 14: 1).